Tailândia anuncia isenção fiscal de cinco anos para criptomoedas com o objetivo de atrair inovação global em Web3

Tailândia anuncia isenção fiscal de cinco anos para transações de criptomoedas

O governo tailandês apresentou uma iniciativa de grande impacto: de 1 de janeiro de 2025 até ao final de 2029, todos os lucros resultantes de operações realizadas em plataformas de criptomoedas aprovadas pelo Estado estarão totalmente isentos de imposto sobre mais-valias. Esta medida representa um marco decisivo para o sector dos ativos digitais na Tailândia, com o objetivo de atrair fundadores e capitais internacionais do ecossistema Web3, além de impulsionar a economia digital do país.

Redução significativa das barreiras fiscais

Antes desta decisão, os negociadores de criptomoedas na Tailândia enfrentavam taxas de imposto sobre mais-valias que podiam atingir 35%, além de uma retenção na fonte de 15%. Com a nova política, os investidores deixam de pagar impostos sobre os lucros obtidos em plataformas aprovadas pela Comissão de Valores Mobiliários da Tailândia. Esta vantagem é de grande relevo tanto para investidores particulares como institucionais, colocando a Tailândia na linha da frente da competição regional pelo protagonismo no setor cripto.

O vice-ministro das Finanças, Julapun Amornvivat, frisou: “Isto não se limita a incentivos fiscais—trata-se de uma estratégia para fomentar a inovação e modernizar a economia.”

(Fonte: jamornvivat)

Tailândia afirma-se rapidamente como hub de inovação Web3 no Sudeste Asiático

Esta nova medida integra-se numa estratégia alargada do governo para posicionar a Tailândia como referência em inovação blockchain e fintech. Para além dos incentivos fiscais, o país está a desenvolver um leque de políticas favoráveis ao setor cripto. Entre as propostas estão a autorização do uso de stablecoins (tais como USDT e USDC) para transações digitais, bem como a possibilidade de permitir que turistas estrangeiros efetuem pagamentos com criptomoedas. O governo exige também que todas as plataformas elegíveis obedeçam a padrões internacionais rigorosos de combate ao branqueamento de capitais e de transparência financeira (seguindo, por exemplo, as orientações do GAFI e da OCDE), procurando garantir o equilíbrio entre a promoção da inovação e a preservação da estabilidade financeira.

O que significam as políticas favoráveis à cripto para a Tailândia?

Esta iniciativa pode trazer vários benefícios estratégicos:

• Fomento da atividade de negociação cripto: Com custos transacionais significativamente reduzidos, espera-se uma subida expressiva do volume de negociações. A comunidade cripto em Banguecoque já prevê um aumento considerável da atividade.
• Atração de startups e investimento internacional: Empreendedores provenientes de regiões com elevada carga fiscal poderão passar a considerar a Tailândia como destino para os seus projetos.
• Impulso à inovação tecnológica local: O objetivo é afirmar a Tailândia como centro de excelência no financiamento e desenvolvimento de infraestruturas blockchain.
• Reforço da credibilidade da supervisão financeira: Limitando o benefício fiscal a plataformas em conformidade, a medida visa também conter transações ilícitas e fluxos de capitais irregulares.

Riscos e incertezas potenciais

Apesar do potencial da isenção fiscal, a volatilidade do mercado cripto permanece como risco relevante. Possíveis alterações legislativas, oscilações bruscas de preços e um debate contínuo sobre a implementação de outros impostos (como o IVA) são fatores que os investidores devem analisar com atenção. Apenas ativos negociados em plataformas conformes serão elegíveis para a isenção, pelo que a escolha criteriosa da plataforma e a garantia de transparência tornar-se-ão fatores críticos no futuro.

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Conclusão

Esta reformulação fiscal da finança digital não só confere novo dinamismo à economia tailandesa como pode estabelecer um novo referencial para políticas cripto na região. Seja um recém-chegado ao universo cripto ou um fundador Web3, a nova legislação tailandesa merece acompanhamento atento. Nos próximos cinco anos, a Ásia poderá assistir ao nascimento da sua economia on-chain mais dinâmica.