China e EUA enviam um sinal importante! China descarta uma grande quantidade de títulos públicos americanos, BTC aguarda a oportunidade de se tornar uma moeda "alternativa" internacional.
A luta entre as duas maiores economias do mundo, EUA e China, está se estendendo do comércio e da tecnologia para o campo financeiro. A China ignora as ameaças e continua a vender dívida americana, arriscando irritar a Casa Branca. Isso não apenas reflete o aumento das tensões geopolíticas, mas também destaca as preocupações sobre a situação fiscal dos EUA. Ao mesmo tempo, o Bitcoin está se posicionando para se tornar uma moeda internacional alternativa. Atualmente, investidores estrangeiros detêm apenas 31% da dívida americana, bem abaixo dos quase 60% de 2008, e esses dados escondem uma profunda transformação na configuração monetária global.
Hoje (25), na sessão da tarde na Ásia, o Bitcoin está cotado a cerca de 115.650 dólares, continuando a recuar desde o ponto alto histórico.
(fonte:CoinMarketCap)
O Crepúsculo do Dólar? A China Continua a Reduzir a Detenção de Títulos Públicos Americanos
O Reino Unido ultrapassou a China e se tornou o segundo maior detentor de dívida pública dos EUA no mundo. Os aliados do Reino Unido atualmente possuem 779 bilhões de dólares, substituindo parcialmente os países BRICS que estão diminuindo suas participações. A China caiu para o terceiro lugar, com 765 bilhões de dólares. O Japão continua a ser o maior detentor, com 1,113 trilhões de dólares.
É importante notar que o aumento das reservas no Reino Unido não se deve, como no Japão e na China, a um superávit comercial. Londres é um centro financeiro global, oferecendo serviços de intermediação para muitas empresas multinacionais, algumas das quais são, na verdade, empresas americanas. A situação nas Ilhas Cayman, Luxemburgo, Bélgica e Irlanda é semelhante, uma vez que as reservas em dólares desses países estão completamente desconectadas do PIB.
A China está se desenvolvendo na direção oposta. As suas reservas em dólares atingiram um pico de 1,3 trilhões de dólares em 2013 e continuam a diminuir. A China está claramente se voltando para o ouro e os títulos europeus. Embora a China tenha comprado 23 bilhões de dólares em títulos do Tesouro dos EUA em fevereiro, isso ainda não é suficiente para compensar os títulos que estão vencendo.
Tensões geopolíticas e preocupações fiscais nos Estados Unidos
A saída gradual da China reflete o aumento das tensões geopolíticas e preocupações com a situação fiscal dos Estados Unidos. Espera-se que até 2025, a receita atinja 5,2 trilhões de dólares, enquanto os gastos ultrapassarão 7 trilhões de dólares. Ao mesmo tempo, a pressão sobre o presidente do Federal Reserve está aumentando, mostrando que os republicanos optaram por um atalho. Donald Trump está, sem dúvida, considerando uma nova política de afrouxamento quantitativo (impressão de dinheiro).
Além disso, a China já notou que a UE congelou 300 bilhões de euros das reservas cambiais da Rússia. Quanto tempo os EUA levarão para tomar as mesmas medidas contra a China? Esta é a razão pela qual os EUA impõem tarifas à Ucrânia, alimentando ainda mais a situação, cujo objetivo final é impedir que os países BRICS desdolarizem rapidamente. A imagem abaixo realmente mostra que os investidores estrangeiros atualmente detêm apenas 31% da dívida dos EUA, abaixo dos quase 60% no início da crise das hipotecas subprime e da política de afrouxamento quantitativo em 2008.
O presidente do Brasil, Lula da Silva, criticou recentemente Donald Trump de forma contundente em relação à questão das tarifas, afirmando que "nenhum estrangeiro deve dar ordens a este presidente". Ele enfatizou: "Estamos cansados de ser controlados pela Coreia do Norte. […] Estamos discutindo a possibilidade de criar nossa própria moeda ou talvez usar nossa própria moeda para o comércio, sem depender do dólar. […] Não tenho a obrigação de comprar dólares para fazer comércio com países como Venezuela, Bolívia, Chile, Suécia, União Europeia ou China. Podemos usar nossa própria moeda. Por que eu deveria me vincular a uma moeda que não consigo controlar, como o dólar? A moeda é impressa pelos Estados Unidos, e não por nós." As declarações de Lula representam o descontentamento de muitos países em desenvolvimento com a hegemonia do dólar e o desejo de buscar alternativas.
Por que não usar Bitcoin? O dilema dos BRICS e o potencial do Bitcoin
Os BRICS falam frequentemente sobre uma nova moeda, mas atualmente não há medidas concretas. É muito provável que essa moeda nunca apareça. Para economias e culturas tão diversificadas, replicar o modelo europeu seria extremamente perigoso. Isto é, de fato, um problema. Por exemplo, a Rússia parou de aceitar a rupia indiana como moeda de liquidação do comércio de petróleo no início do ano passado. A razão é que a Índia, ao contrário da China, não produz os produtos necessários pela Rússia (tecnologia avançada, automóveis, máquinas).
Parte da razão é que, devido a este problema, os bancos centrais de vários países acumularam grandes quantidades de ouro nos últimos anos. A longo prazo, o ouro continua a ser uma moeda de armazenamento de valor amplamente aceita em todo o mundo. No entanto, o comércio de ouro não é fluido, longe disso. Em contrapartida, o Bitcoin pode ser integrado relativamente facilmente em mercados financeiros como a Bolsa Internacional de Mercadorias de São Petersburgo (SPIMEX). Hoje em dia, o volume de transações já é suficientemente grande e as taxas de transação têm estado a diminuir ao longo dos anos. Claro, o Bitcoin tem uma grande volatilidade, mas a Lightning Network e as moedas estáveis podem mitigar esse risco de taxa de câmbio a curto prazo.
Bitcoin é apátrida, não pode ser "congelado" e sua quantidade é absolutamente limitada, o que o destina a se tornar uma moeda internacional de topo. É por isso que os Estados Unidos querem acumular riqueza o máximo possível antes de outros países do mundo. Isso é para se proteger contra uma moeda que permita o comércio igualitário entre todos os países.
Considerações estratégicas dos EUA: Bitcoin e a desdolarização
Donald Trump sabe que os Estados Unidos mais cedo ou mais tarde terão que abrir mão de privilégios excessivos para reduzir o déficit comercial. Mas fazer isso tarde é melhor do que fazer cedo, porque a reindustrialização não é algo que se consegue da noite para o dia. Se outros países do mundo permitirem que acumulem o suficiente de Bitcoin para amortecer a desdolarização, então os Estados Unidos talvez coloquem a espada de lado, o que nos permite manter o otimismo.
Isto mostra que a atitude dos Estados Unidos em relação ao Bitcoin pode não ser apenas regulatória, mas também uma disposição estratégica. Ao participar ativamente no mercado de Bitcoin, e até mesmo integrá-lo aos ativos estratégicos do país, os Estados Unidos podem conseguir manter uma influência na onda global de desdolarização, ou pelo menos estar preparados para as mudanças futuras na estrutura monetária.
A China continua a vender títulos do governo dos EUA, e o clamor dos países BRICS pela desdolarização constitui um desafio ao domínio do dólar. Nesse contexto, o Bitcoin, como um ativo digital apátrida e resistente à censura, está cada vez mais a destacar seu potencial como moeda alternativa internacional. A evolução da política dos EUA em relação ao Bitcoin também sugere considerações profundas sobre o futuro do sistema monetário. Este jogo global em torno da hegemonia monetária está a colocar o Bitcoin no centro do palco financeiro internacional.
Esta página pode conter conteúdo de terceiros, que é fornecido apenas para fins informativos (não para representações/garantias) e não deve ser considerada como um endosso de suas opiniões pela Gate nem como aconselhamento financeiro ou profissional. Consulte a Isenção de responsabilidade para obter detalhes.
China e EUA enviam um sinal importante! China descarta uma grande quantidade de títulos públicos americanos, BTC aguarda a oportunidade de se tornar uma moeda "alternativa" internacional.
A luta entre as duas maiores economias do mundo, EUA e China, está se estendendo do comércio e da tecnologia para o campo financeiro. A China ignora as ameaças e continua a vender dívida americana, arriscando irritar a Casa Branca. Isso não apenas reflete o aumento das tensões geopolíticas, mas também destaca as preocupações sobre a situação fiscal dos EUA. Ao mesmo tempo, o Bitcoin está se posicionando para se tornar uma moeda internacional alternativa. Atualmente, investidores estrangeiros detêm apenas 31% da dívida americana, bem abaixo dos quase 60% de 2008, e esses dados escondem uma profunda transformação na configuração monetária global.
Hoje (25), na sessão da tarde na Ásia, o Bitcoin está cotado a cerca de 115.650 dólares, continuando a recuar desde o ponto alto histórico.
(fonte:CoinMarketCap)
O Crepúsculo do Dólar? A China Continua a Reduzir a Detenção de Títulos Públicos Americanos
O Reino Unido ultrapassou a China e se tornou o segundo maior detentor de dívida pública dos EUA no mundo. Os aliados do Reino Unido atualmente possuem 779 bilhões de dólares, substituindo parcialmente os países BRICS que estão diminuindo suas participações. A China caiu para o terceiro lugar, com 765 bilhões de dólares. O Japão continua a ser o maior detentor, com 1,113 trilhões de dólares.
É importante notar que o aumento das reservas no Reino Unido não se deve, como no Japão e na China, a um superávit comercial. Londres é um centro financeiro global, oferecendo serviços de intermediação para muitas empresas multinacionais, algumas das quais são, na verdade, empresas americanas. A situação nas Ilhas Cayman, Luxemburgo, Bélgica e Irlanda é semelhante, uma vez que as reservas em dólares desses países estão completamente desconectadas do PIB.
A China está se desenvolvendo na direção oposta. As suas reservas em dólares atingiram um pico de 1,3 trilhões de dólares em 2013 e continuam a diminuir. A China está claramente se voltando para o ouro e os títulos europeus. Embora a China tenha comprado 23 bilhões de dólares em títulos do Tesouro dos EUA em fevereiro, isso ainda não é suficiente para compensar os títulos que estão vencendo.
Tensões geopolíticas e preocupações fiscais nos Estados Unidos
A saída gradual da China reflete o aumento das tensões geopolíticas e preocupações com a situação fiscal dos Estados Unidos. Espera-se que até 2025, a receita atinja 5,2 trilhões de dólares, enquanto os gastos ultrapassarão 7 trilhões de dólares. Ao mesmo tempo, a pressão sobre o presidente do Federal Reserve está aumentando, mostrando que os republicanos optaram por um atalho. Donald Trump está, sem dúvida, considerando uma nova política de afrouxamento quantitativo (impressão de dinheiro).
Além disso, a China já notou que a UE congelou 300 bilhões de euros das reservas cambiais da Rússia. Quanto tempo os EUA levarão para tomar as mesmas medidas contra a China? Esta é a razão pela qual os EUA impõem tarifas à Ucrânia, alimentando ainda mais a situação, cujo objetivo final é impedir que os países BRICS desdolarizem rapidamente. A imagem abaixo realmente mostra que os investidores estrangeiros atualmente detêm apenas 31% da dívida dos EUA, abaixo dos quase 60% no início da crise das hipotecas subprime e da política de afrouxamento quantitativo em 2008.
O presidente do Brasil, Lula da Silva, criticou recentemente Donald Trump de forma contundente em relação à questão das tarifas, afirmando que "nenhum estrangeiro deve dar ordens a este presidente". Ele enfatizou: "Estamos cansados de ser controlados pela Coreia do Norte. […] Estamos discutindo a possibilidade de criar nossa própria moeda ou talvez usar nossa própria moeda para o comércio, sem depender do dólar. […] Não tenho a obrigação de comprar dólares para fazer comércio com países como Venezuela, Bolívia, Chile, Suécia, União Europeia ou China. Podemos usar nossa própria moeda. Por que eu deveria me vincular a uma moeda que não consigo controlar, como o dólar? A moeda é impressa pelos Estados Unidos, e não por nós." As declarações de Lula representam o descontentamento de muitos países em desenvolvimento com a hegemonia do dólar e o desejo de buscar alternativas.
Por que não usar Bitcoin? O dilema dos BRICS e o potencial do Bitcoin
Os BRICS falam frequentemente sobre uma nova moeda, mas atualmente não há medidas concretas. É muito provável que essa moeda nunca apareça. Para economias e culturas tão diversificadas, replicar o modelo europeu seria extremamente perigoso. Isto é, de fato, um problema. Por exemplo, a Rússia parou de aceitar a rupia indiana como moeda de liquidação do comércio de petróleo no início do ano passado. A razão é que a Índia, ao contrário da China, não produz os produtos necessários pela Rússia (tecnologia avançada, automóveis, máquinas).
Parte da razão é que, devido a este problema, os bancos centrais de vários países acumularam grandes quantidades de ouro nos últimos anos. A longo prazo, o ouro continua a ser uma moeda de armazenamento de valor amplamente aceita em todo o mundo. No entanto, o comércio de ouro não é fluido, longe disso. Em contrapartida, o Bitcoin pode ser integrado relativamente facilmente em mercados financeiros como a Bolsa Internacional de Mercadorias de São Petersburgo (SPIMEX). Hoje em dia, o volume de transações já é suficientemente grande e as taxas de transação têm estado a diminuir ao longo dos anos. Claro, o Bitcoin tem uma grande volatilidade, mas a Lightning Network e as moedas estáveis podem mitigar esse risco de taxa de câmbio a curto prazo.
Bitcoin é apátrida, não pode ser "congelado" e sua quantidade é absolutamente limitada, o que o destina a se tornar uma moeda internacional de topo. É por isso que os Estados Unidos querem acumular riqueza o máximo possível antes de outros países do mundo. Isso é para se proteger contra uma moeda que permita o comércio igualitário entre todos os países.
Considerações estratégicas dos EUA: Bitcoin e a desdolarização
Donald Trump sabe que os Estados Unidos mais cedo ou mais tarde terão que abrir mão de privilégios excessivos para reduzir o déficit comercial. Mas fazer isso tarde é melhor do que fazer cedo, porque a reindustrialização não é algo que se consegue da noite para o dia. Se outros países do mundo permitirem que acumulem o suficiente de Bitcoin para amortecer a desdolarização, então os Estados Unidos talvez coloquem a espada de lado, o que nos permite manter o otimismo.
Isto mostra que a atitude dos Estados Unidos em relação ao Bitcoin pode não ser apenas regulatória, mas também uma disposição estratégica. Ao participar ativamente no mercado de Bitcoin, e até mesmo integrá-lo aos ativos estratégicos do país, os Estados Unidos podem conseguir manter uma influência na onda global de desdolarização, ou pelo menos estar preparados para as mudanças futuras na estrutura monetária.
A China continua a vender títulos do governo dos EUA, e o clamor dos países BRICS pela desdolarização constitui um desafio ao domínio do dólar. Nesse contexto, o Bitcoin, como um ativo digital apátrida e resistente à censura, está cada vez mais a destacar seu potencial como moeda alternativa internacional. A evolução da política dos EUA em relação ao Bitcoin também sugere considerações profundas sobre o futuro do sistema monetário. Este jogo global em torno da hegemonia monetária está a colocar o Bitcoin no centro do palco financeiro internacional.